São Fco.

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Os rumos de Chavez


Chavez, presidente da Venezuela, tem sido uma pedra no sapato para quem é de esquerda.
Sempre que debato com alunos sobre regimes políticos, ditaduras, democracias etc, ele é apontado quase unanimemente como um ditador. Nas justificativas, os argumentos sempre são os da imprensa hegemônica brasileira, notadamente a revista Veja, a mais lida.

Sempre tentei estimular o debate, trazendo alguns fatos á baila e tentando desconstruir estereótipos grosseiros. Mesmo distante, tenho a convicção de que na Venezuela até aqui não temos uma ditadura. Se Chavez aprovou tudo o que quis na última legislatura tal se deu em virtude de erro da oposição, que boicotou a eleição, o que levou o Presidente venezuelano a ter um congresso com 99% de adesão ao governo.

Mas, minha posição sempre foi "cum grano salis". Afinal, Chavez é militar e tentou um golpe militar, em 1992, se não me engano. Não gosto do seu estilo falastrão e não gosto de líderes centralizadores. Mais, que tudo, um bom projeto político tem que pensar a criação e renovação de suas lideranças. Tem que criar Instituições sólidas. Não parece haver um bolivarianismo além de Chavez, mostraram suas atitudes recentes quando do tratamento de sua doença.

As imagens de ontem de comemoração dos 200 anos de independência do país reforçam a impressão de que a coisa lá não via ficar boa. A estética dos desfiles é típica de ditaduras militares. Tomara que eu esteja errado.

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