São Fco.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Santa e bela Catarina!
Estamos em pleno processo eleitoral. Toda eleição tem, ao meu ver, três momentos distintos, com dinâmicas próprias: 1) a fase pré-inscrição dos candidatos, onde acontecem as tratativas para a formação das chapas, momento que define como se dará o jogo eleitoral; 2) a fase da campanha propriamente dita, em que estamos, que consiste na busca pelo voto do eleitor e 3) o dia da eleição, onde por detalhe se pode perder uma eleição e é preciso trabalhar e fiscalizar muito.
Na fase atual da campanha já temos indicativos importantes. As pesquisas já apontam quem são os candidatos que estão no páreo. Quem vai ganhar é incógnita, mas as tendências já nos permitem conclusões. Quero adiantar uma.
Analisemos as pesquisas para a disputa à presidência e para a disputa nos três estados do Sul: SC, PR e RS. Elas são eloquentes.
Brasil: os três principais candidatos são Serra, Dilma e Marina, não necessariamente nesta ordem (vide conflito entre Datafolha e Voz Populi). Seus partidos são, respectivamente: PSDB, PT e PV. Todos são partidos que na ditadura militar mais recente não estavam na base de sua sustentação. Democratas (ex-PFL) e PP (ex-PDS, ex-PPB) estão coligados ou apoiando candidatos, mas é claro que não estão na liderança do processo, estão a reboque de partidos que não possuem este currículo desfavorável.
Rio Grande do Sul: os três candidatos mais competitivos até aqui são: Tarso, Fogaça e Ieda. PT, PMDB e PSDB. Mesmo raciocínio.
Paraná: lideram até aqui: Beto Richa e Osmar Dias lideram com folga. O terceiro com 1% é do PV. Os líderes são do PSDB e PDT. Mesmo raciocício.
Santa Catarina: Nosso Estado apresenta na liderança Ângela Amim, Raimundo Colombo e Ideli Salvatti. Respectivamente PP, Dem e PT. Não vale o mesmo raciocínio. Nosso Estado apresenta esta especificidade: aqui os partidos que vieram da ARENA, base de sustentação da ditadura militar recente, estão entre os tres primeiros.
Esta análise é precisa considerando o cenário nacional e o Sul. Mas, vale para a maioria dos estados no Brasil, pois a tendência histórica é os partidos de sustentação da ditadura minguarem ou, ao menos, não terem mais condições de protagonizarem o processo político, comparecendo nas eleições apenas como coadjuvantes. Pelo visto, menos na Santa e bela Catarina.
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