São Fco.

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

OAB manda revisar prova que barrou 88%

na Folha de hoje.

"ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO

Diante de números que apontam uma reprovação recorde e, ainda, de reclamações sobre possível falha na contagem de pontos, a OAB determinou ontem uma revisão na correção das provas da segunda fase de seu exame unificado nacional.

A suspeita é que houve erro na somatória de pontos. O candidato teria tirado uma nota, mas o responsável pela soma fez cálculos errados. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) não sabe, porém, se alguém foi reprovado por causa disso.

A FGV (Fundação Getúlio Vargas), responsável pela prova, diz que não houve erro na correção, mas apenas uma possível falha de digitação em alguns casos.
"Para que não seja alegado qualquer prejuízo, [...] os espelhos individuais de correção serão mais uma vez analisados e estarão disponíveis até próxima quinta [hoje]", diz a nota da FGV.

"Se houver algum erro, nós teremos que corrigir. Não há qualquer tipo de prejuízo. Ninguém será prejudicado", disse o presidente da OAB, Ophir Cavalcante.
"Independentemente de confiar na palavra deles, confiar na Fundação Getúlio Vargas, que tem uma tradição muito grande em concurso nesse país, eu pedi que revissem todos os espelhos individuais", completou.

Além dessa falha, também houve pane na página da fundação para consulta. Por conta disso, o prazo para apresentação de recursos será ampliado até sábado.

RECORDE
A FGV diz que o resultado final de aprovados não deverá mudar. Se isso se confirmar, será a maior reprovação já registrada pela entidade na prova unificada: 88%.
Dos 105.315 candidatos que participaram do exame em todo o país desde a primeira fase, só 12.614 passaram nos testes que permitem ao bacharel em direito exercer a profissão.

Para passar no exame da OAB, o candidato precisa ter no mínimo 50% de acerto.
A média de aprovação gira em torno de 20%, segundo o Conselho Nacional da OAB. Dos dados disponíveis no site da entidade, em 2009 a reprovação chegou a 80,5% e, em 2008 -quando o exame passou a ser unificado em todo o país-, a maior reprovação foi de cerca de 73%.

Para Cavalcante, também contribuiu para a queda do rendimento a mudança de formulação das perguntas.

"É uma prova muito bem feita, mais crítica do que a aplicada antes. O candidato passou a ser mais exigido do ponto de vista do raciocínio. Antes também tinha, mas de uma forma diferente", disse o presidente da OAB.
A prova era feita pela UnB (Universidade de Brasília) e agora é elaborada pela FGV.

NÚMERO DE INSCRITOS
106.941

FIZERAM A 1ª FASE
105.315

FIZERAM A 2ª FASE
46.965

APROVADOS
12.614

88%
Foi o índice de reprovação Em anos anteriores, a média do índice era 80%"

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