São Fco.

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Como diz o Neguinho da Beija-flor: Olha o Ives Gandra aí, gente!


Na Folha de hoje.

"Folha - Como o senhor avalia a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) ?
Ives Gandra Martins - Os pares gays têm todo os direitos, mas o que eles não são é família. Segundo a Constituição, não são porque não podem gerar prole. Qualquer que seja a decisão do STF ou do STJ, do ponto de vista doutrinário não são família.

FSP - O sr. é favorável a uma mudança na Constituição?
IGM - Não. A família é a base da sociedade. Se todo mundo for gay acabam o Estado e a sociedade.

FSP - O sr. acha que as pessoas entendem sua postura?
IGM - Não sei, mas está na Constituição e é a minha posição. A família, que cria valores e é o primeiro berço do cidadão, só pode ser heterossexual. Não tenho preconceito, reconheço que têm todos os direitos, só não são família.
"

MEU COMENTÁRIO - Pelo critério apresentado um casal heterossexual que não possa ter filhos não é uma família. Aliás, a esterilidade no livro Levítico é uma pena aplicada a quem cometer certos pecados, como, por exemplo, "deitar-se" com animais. O raciocínio do jurista leva a ver a adoção como uma aberração às leis naturais.

A questão é a seguinte: o EStado brasileiro é laico. O Gandra tem o direito de pensar assim, assim como a Igreja Católica também. Mas que isso sirva apenas para atrair adeptos a, voluntariamente, inscreverem-se em suas hostes.

O direito brasileiro é para todos os brasileiros, católicos, evangélicos, budistas, agnósticos e ateus.

Algum psicólogo me ajude: que argumento é aquele: "se todo mundo for gay"? Que medo, hein?
Quem cogita uma situação destas a sério? Só rindo mesmo.

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