Na Folha de São Paulo de hoje.
"Juntos, os brasileiros que se encontram entre os 1% mais ricos do país possuem uma renda que, somada, supera o que é pertencente aos 40% mais pobres.
Isso significa que para cada brasileiro que se encontra no topo da pirâmide de riqueza (média mensal de R$ 16.561), é preciso somar as rendas de 40 brasileiros do outro extremo (média mensal de R$ 393) para igualar os valores totais.
O IBGE, nesta etapa de divulgação do Censo, não fez comparações da desigualdade em 2010 com o quadro verificado em 2000 porque ainda é preciso fazer ajustes na amostragem da pesquisa para permitir uma comparação mais precisa.
No entanto, sabe-se pelas pesquisas anuais feitas pelo instituto que a concentração de renda no Brasil diminuiu na década passada.
DESIGUALDADES
Os números divulgados ontem, mesmo não sendo ainda comparáveis com os de 2000, deixam claro que ainda há muito a avançar na redução da desigualdade em seus vários aspectos.
Um deles é o racial. Os dois grupos com maiores rendimentos médios são os que se declararam brancos (R$ 1.538) ou amarelos (R$ 1.574), categoria usada pelo IBGE para identificar populações de origem oriental.
A renda média dos indígenas (R$ 735) não chega a ser nem a metade desses valores. Autodeclarados pretos (R$ 834) e pardos (R$ 845) recebem pouco mais da metade.
A desigualdade é verificada também entre homens e mulheres. Mesmo elas participando mais do mercado de trabalho e tendo escolarização maior que a média dos homens, seus rendimentos ainda representam 70% do registrado entre homens.
Comparando unidades da Federação, o Censo mostra que o Distrito Federal é, ao mesmo tempo, o mais rico e o mais desigual. A desigualdade é maior que a média brasileira também em todos os Estados do Nordeste.
Os menores índices de concentração de renda estão no Sul, com destaque para Santa Catarina, o Estado menos desigual. "
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