São Fco.

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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dilma: a assassina!



Tenho que dividir essa com os meus dois leitores fiéis. Seria cômico se não fosse intencional e perverso.

Sempre atendo aos pedidos de carona de minha mãe, ativa militante das atividades das pessoas que são jovens há mais tempo. Clube de idosos, Coral da AFASC (levei 4 integrantes em meu carro para cantar no aniversário do prefeito, vejam só onde leva o amor por uma genitora!), cafés beneficentes, o que ocorrer. Hoje não foi diferente. Devidamente agendado para tal, saí depois do almoço a buscar suas colegas de coral da AFASC, que cantaram hoje em atividade da Igreja da Próspera.

Dentro do carro, ante à onipresença dos políticos e seus sorisos fixos (favor ler o post do Ruy Castro, sobre Dorian Gray ao contrário, nos posts mais antigos) nos canteiros de nossa avenida axial, uma de suas amigas e minha passageira passou a relatar a seguinte história (ou estória, como se dizia antigamente?).

"Que essa Dilma não era boa pessoa, pois a Fulana tinha ido à casa dela e lhe contado que o Pe. Quinto Baldessar (já falecido e que foi capelão do exército brasileiro) lhe havia dito pessoalmente que havia presenciado a Dilma, nos tempos da ditadura, matar um homem. Ante minha insistencia em detalhes, a amiga de minha mãe aduziu que se tratava de um motorista dela, que lhe havia respondido e ela, por não ter gostado, tascara fogo no desavisado sujeito."

Tentei ser persuasivo, não desmentindo de plano, e ouvi uma frase resignada: "O povo não quer saber se a pessoa é boa ou não, se o Lula tá indicando ela vai ser eleita assim mesmo!"

Preparem-se. Nestes 20 dias até a eleição os cadáveres da Dilma vão aparecer aos montes, e, infelizmente, isto faz parte da política num país onde o acesso à informação ainda é por demais restrito.

Também é um subproduto da decisão de botar o que ocorreu na ditadura embaixo deste enorme tapete (decisão recente do STF), o que transforma vítimas em algozes e algozes em vítimas, ao ponto de termos que assistir um Bornhausen se valer legitimamente de seus direitos de cidadão numa democracia para chamar o Presidente constituído do nosso país de ditador totalitário e bêbado! Ah se fosse no tempo em que ele (Bornhausen) estava por cima! Ah se fosse! Extirpava logo, sem figuras de linguagem.

Mas, ao que tudo indica, Dilma fará apenas uma vítima: derrotará democraticamente seus adversários nas urnas, dando mais um passo na consolidação de uma sociedade democrática que ela, como muitos outros, ajudou a construir dando a cara para bater (e infelizmente aqui não se trata apenas de uma metáfora).

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