São Fco.

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

A “extirpação” do DEM



A fala de Lula ontem que mais está sendo criticada é a de que o DEM tem que ser extirpado. A expressão “extirpar” é infeliz principalmente porque remete à eliminação definitiva de algo orgânico, e visão organicista na política é algo que ninguém precisa mais.

Mas, ela precisa ser contextualizada. O líder máximo do DEM, Jorge Bornhausen, quando do episódio que ficou conhecido como “mensalão” (2005), afirmou que com o caso ficaríamos livres “dessa raça” por trinta anos. Essa raça era o PT e os petistas. Não devemos nivelar por baixo, é verdade.

Mas, mais que infeliz, a fala de Lula foi desnecessária. Contra o DEM, não há que se fazer nada, pois a análise dos dados frios de seu desempenho político no período democrático mostra que se trata de um partido em extinção. Terá, talvez, alguma sobrevida na terra (SC) de seu líder máximo (foto), prova de sua capacidade política e do conservadorismo dos catarinenses.

Perecer na democracia, nada mais justo para um partido de quadros que floresceram na ditadura militar.

Sem ironias, o Brasil precisa de uma nova direita, uma direita verdadeiramente democrática. O pior legado de uma eventual derrota de Serra é não ter se posicionado como oposição política consistente, coisa que uma democracia necessita e muito. Vamos acompanhar o rearranjo das forças no pós-eleição.

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