São Fco.

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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Da coluna do Jânio de Freitas, FSP

Supremas
Do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, em seu voto de recusa a processo contra autores de tortura, mortes, estupros e desaparecimento de presos na ditadura: "Uma sociedade que quer lutar contra seus inimigos com as mesmas armas está condenada ao fracasso".
Se a bandidagem armada ouviu ou leu a frase, está em festa. Aos outros, fica a perplexidade de que constatar, por intermédio do próprio STF, que lutar com outras armas -e nada menos que as da Justiça- também condena ao fracasso.
Do ministro Eros Grau, relator proponente da impunidade consagrada pelo STF, em uma das versões da ideia também adotada pelos seis ministros que acompanharam seu voto: "É necessário não esquecermos [as violências da ditadura] para que nunca mais as coisas voltem a ser como no passado".
Deve ser o maior lugar-comum da história. Ao fim de cada guerra, de cada erro desastroso, de cada imprevidência, lá vem ela, citada aos milhares, aos milhões. Maior do que a quantidade, só a inutilidade: logo acompanhará, com ares sábios e pungentes, outra guerra, outro erro, outra imprevidência.

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